segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Alarme da NEST tinha microfone que a Google não mencionou


A Google está envolvida em novo imbróglio, ao se descobrir que o seu alarme Nest Guard continha um microfone "secreto" que não aparece referido em lado algum.

A Google diz que tudo não passou de um erro e que não há qualquer motivo "obscuro" para que o microfone não tivesse sido referido - aliás, a situação foi revelada porque a própria Google adicionou o Google Assistant por voz ao alarme. No entanto, isso não deixou de surpreender os possuidores deste sistema de alarme da Nest / Google, que não faziam ideia que continha um microfone no seu interior.

É precisamente essa questão, de se ter um dispositivo em casa com um microfone, que nunca tinha sido anunciado ou indicado, que está na origem da polémica. A Google diz que o microfone nunca foi utilizado, e que apenas tinha sido incluído para eventuais expansões futuras (como detecção de vidro a quebrar) e que, mesmo agora, isso só acontecerá no caso dos utilizadores activarem a funcionalidade do Google Assistant. Seja como for, isto não impede que os utilizadores sintam que a sua privacidade foi violada, tendo que confiar na palavra da Google de que o dito microfone "nunca foi utilizado". Uma garantia que é bem diferente de não-existência de um microfone, que seria a única forma de ter a certeza absoluta que não teria havido "escutas" através desse dispositivo.



A presença do microfone, em si, não me choca, e será preciso ter em conta que o cliente típico de um alarme NEST já terá seguramente muitos outros microfones espalhados pela casa (quer seja via um Google Home ou Amazon Echo, ou uma Smart TV, ou dos seus próprios smartphones, tablets e computadores). Dito isto, será conveniente que os fabricantes não se esqueçam de mencionar estes componentes nos seus produtos, mesmo que estejam desactivados e apenas venham a ser utilizados no futuro - assim evitam-se estas polémicas desnecessárias.

1 comentário:

  1. como é possível tratar-se de um "erro"? Não mesmo hipótese, cada vez mais as grandes empresas (e não só) apertam-nos (a nós comuns consumidores) o cerco sobre a captura de informações. E isto é só o que é tornado público

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