sábado, 31 de dezembro de 2016
As casas inteligentes - e o risco da falsa segurança
Estamos prestes a entrar em 2017, ano em que mais alguns milhões de pessoas começarão a adicionar inteligência às suas casas... mas é também necessário referir que ao fazê-lo, podem estar a por em risco a segurança adicional que esperavam obter.
É cada vez mais fácil e económico adicionarem-se módulos inteligentes para todo o tipo de funções em nossas casas. Desde o controlo de tomadas, luzes, temperatura, a receber alertas e ver o que se passa usando câmaras, não importa em que ponto do mundo se esteja, são muitas as promessas dos benefícios das casas inteligentes, de que muitos gostariam de tirar proveito.O problema surge quando estes dispositivos que nos deveriam simplificar a vida se tornam, eles próprios, os factores de risco.
Já temos tido diversos casos em que câmaras de vigilância, devido a bugs ou simples má configuração, permitem que hackers - ou até o público em geral - possam ver o que se passa em casa dos utilizadores. E não é difícil imaginar que, com a crescente interligação e integração de serviços, existam também maiores probabilidades para que uma falha num deles ponha em risco tudo aquilo a que está ligado. Por exemplo, alguém que consiga o acesso a uma conta de um utilizador no IFTTT, pode descobrir que implicitamente pode controlar as suas luzes, módulos de tomada, e outros equipamentos e serviços.
No campo dos electrodomésticos inteligentes o panorama também não é animador. Já estamos habituados a ver apps receberem actualizações semanais de segurança, e vamos-nos queixando de que é triste que smartphones com apenas 1 ou 2 anos já deixem de ter direito a actualizações. Sendo assim, que esperança se pode ter que um frigorífico, máquina de lavar, ou até uma Smart TV, se vá manter actualizado por 4, 5, ou mais anos? E sem actualizações, quanto tempo demorará até que seja descoberta uma vulnerabilidade que deixe estes produtos em risco (assim como os seus utilizadores)?
Seria importante ver todos os intervenientes e interessados nesta tecnologia abordarem estas questões desde já... antes que aconteça algum cenário "apocalíptico" (ainda mais que a botnet criada por conta de câmaras e DVRs vulneráveis) que deixe milhões de utilizadores na ingrata situação de verem a sua smarthome sob controlo de um estranho com intenções desconhecidas.
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