segunda-feira, 27 de junho de 2016
O que está de errado com as luzes "inteligentes"
São cada vez mais as ofertas de lâmpadas e sistemas de iluminação ditos "inteligentes"; mas depois do fascínio inicial, a maioria das pessoas poderá descobrir que essa inteligência acaba por ser bem mais estúpida que os simples interruptores que tinham na parede.
Quase todos os sistemas de "smart lighting" apresentam-nos a ideia de que é prático e eficaz usar uma app para controlar as luzes de casa; muitas vezes dando destaque à possibilidade de controlarmos as luzes mesmo quando se está fora de casa. Isso até pode ter piada quando se quer mostrar algo aos amigos, mas no dia a dia depressa se poderá revelar que controlar as luzes quando se está fora de casa é algo que terá interesse apenas em casos excepcionais; e - mais importante e problemático - que usar uma app para acender e apagar luzes é algo muito menos prático do que simplesmente tocar num interruptor na parede.
Ora comparem: de um lado, um "clique" basta para desligar ou ligar a luz, sem necessidade de ter mais nada que um dedo; do outro, a necessidade de ter o smartphone ou tablet por perto, de o desbloquear, de abrir uma app, de esperar que a mesma abra e faça a ligação com as lâmpadas, e depois fazer o que se pretende.
Calma que não estou a propor que se continuem a usar as lâmpadas "burras". O que estou a dizer é que há muito por fazer no sentido de tornar a iluminação realmente inteligente, e neste momento ainda estamos na "pré-história" daquilo que seria desejável. Ter lâmpadas "smart" é muito apelativo pela componente de que poderão ser controladas remotamente e integradas num sistema mais vasto de controlo, permitindo fazer coisas como acenderem-se quando chegamos a casa, ou entramos em determinada divisão, e apagarem-se automaticamente ao final da noite quando vamos para a cama; mas é precisamente nessa integração global que os fabricantes e integradores se deveriam centrar... e não na tentativa de passar a ideia de que usar uma app para acender e apagar a lâmpada é uma melhoria face ao interruptor na parede... pois não o é!
Só faltava mesmo que a Philips disponibilizasse o protocolo das Hue como open-source para ajudar a uniformizar este segmento, em vez de termos dezenas de sistemas concorrentes, entre WiFi, ZigBee, Bluetooth, Z-Wave, RF, e sabe-se lá que mais...
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Boa tarde caro amigo. Já e possível fazer o que diz. Basta saber um pouco de programação e ter sensores de movimento zwave.
ResponderEliminarEu sei, tal como já faço programação das luzes a acender ao por do sol, via IFTTT e Philips Hue, e outras coisas. :)
EliminarMas o problema é que quem comprar lâmpadas Bluetooth ou WiFi, muitas vezes depois fica com as opções de integração bastante limitadas.
Dê uma vista de olhos no software home assistant. O ideal é ter um raspberry pi 3 a servir de brain. Se tiver dúvidas na instalação ou programação posso ajudar. Estava para comprar um vera mas a personalização e suporte deste software aliado a ser grátis compensa e muito. Basta saber um pouco de Linux. O resto aprende-se a errar. Ando agora a ler mais sobre a automatização e Shell's. Pode ter na mesma o ifttt e tudo o que imagina controlado a partir do home assistant. (Por exemplo usar o iCloud para saber se está a chegar a casa e através disso fazer alguma automatização.)
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