O Bluetooth é um sistema de comunicação concebido principalmente para comunicações directas entre dois dispositivos. Quando aplicado às lâmpadas, seria necessário emparelhar cada uma delas, e no caso de se terem dezenas delas começaria a ser complicado controlá-las a todas - para além de que estaríamos sujeitos ao raio de acção, que poderia fazer com que, numa ponta da casa não conseguíssemos apagar ou acender uma lâmpada no extremo oposto.
Com esta nova família de lâmpadas LED inteligentes, a Samsung continua a recorrer ao bluetooth, mas as lâmpadas criam uma rede "mesh" entre si. Isto é, para além de comunicarem com um smartphone ou outros dispositivos de controlo, comunicam também entre si, passando os comandos de umas para as outras. A vantagem é que para um dispositivo controlador bastará estar ligado a uma única rede em vez de dezenas delas; e igualmente importante, o raio de acção expande-se consideravelmente, uma vez que bastará estarmos perto de qualquer uma das lâmpadas para que o comando possa depois "saltitar" entre elas até chegar à lâmpada de destino que poderia estar fora de alcance do local onde se estivesse.
É uma solução engenhosa mas não original; uma vez que sistemas como o ZigBee, já usados por vários fabricantes, recorrem precisamente a esta topologia de rede para permitir a criação de redes de baixo consumo que se possam espalhar por grandes áreas sem problemas de alcance (e foram concebidos de raiz para este tipo de funcionamento, ao contrário do Bluetooth). O problema é que o ZigBee continua a ser algo que necessita de um gateway que sirva de ponte de ligação entre um smartphone (usando WiFi, ou outro) e a rede ZigBee, enquanto que o Bluetooth é algo que está universalmente disseminado.
Ainda assim, preferia ver a Samsung a seguir no caminho que alguns rumores tinham indicado, de passar a incluir comunicação ZigBee nos seus smartphones...
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