terça-feira, 10 de setembro de 2013

O Espaço Desperdiçado nos Arranha-Céus


É impossível não olharmos para os gigantes da arquitectura que se erguem em direcção aos céus sem ficar maravilhado com o feito de engenharia que é construir prédios com centenas de metros de altura - e que se começam a aproximar da barreira do 1km de altura, que será um marco histórico. Mas até que ponto é que estes arranha-céus têm alturas verdadeiramente funcionais?

Segundo um relatório do Council on Tall Buildings and Urban Habitat temos casos que demonstram que muitos destes prédios têm alturas elevadas apenas por "vaidade", já que o seu espaço real útil fica bem aquém do que a sua altura poderia fazer pensar.

Por exemplo, no caso do bem conhecido Burj Al Arab, quase 40% da sua altura de 321m é espaço "inútil", já que o andar mais elevado utilizável se situa nos 198m. Mas o campeão em altura de espaço desperdiçado é o Burj Khalifa, que conta com 244m de altura inocupada que lhe valem o estatuto de edifício mais alto do mundo... e também o que mais se "estica" só para ter esse objectivo. Esses 244m de altura acima do andar mais elevado que pode ser ocupado seriam por si só suficientes para se tornarem também num dos arranha-céus mais elevados da Europa...



Nada tenho contra o recurso a estes artifícios para inflacionar a altura destes mega-arranha-céus... mas certamente dá que pensar ao ponto a que chegamos e ao que se está disposto a gastar apenas para figurar na lista dos "mais altos". (Se/quando se tiver um prédio a chegar aos 1000m, não duvido que vá ter também 30 ou 40% de espaço "desperdiçado"... sendo que não poderá ter mais 50% senão não será considerado um edifício. :)

2 comentários:

  1. Se o espaço mais alto tivesse a mesma área bruta que a base, o custo seria muiiiiito mais alto pois o peso seria maior daí que conforme a altura vai-se perdendo área bruta.

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  2. E a isso agora adiciona tipo 15 % de area de elevadores nas torres mais altas. Ou será que já estão a contar isso?

    No Burj Khalifa acho muito estranho aquilo... o que querem eles dizer com ser não ocupado?
    Duvido muito que aquilo tudo não tenha nada lá dentro. É que nos outros tem uma certa lógica, basta olhar para o edifício e alguns era mesmo impossível lá ter alguma coisa, como no Burj Al Arab.
    Mas no Khalifa aquilo parece que vai ficando pequeno mas aquilo é ainda áreas incríveis até muito mais acima do indicado.

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