Parece que as "recomendadas" lâmpadas CFL não são imunes a críticas, e se alguns apontam a utilização de elementos nocivos à nossa saúde no seu fabrico, parece que afinal a sua própria eficiência é agora posta em causa.
O que se passa é que, ao substituir uma lâmpada incandescente de 60 watts por uma CFL de 13 watts, a maioria das pessoas espera obter um consumo de electricidade muito mais reduzido - obtendo a mesma quantidade de luz (mesmo se por vezes algumas CFL "baratas" demoram alguns minutos até aquecerem.)
Mas há alguns estudos que apontam que as CFLs podem gastar mais energia do que o anunciado, devido ao seu factor de potência (power factor). Nalgumas lâmpadas esse factor de potência são uns mediocres 0.50 significando que - na realidade - a sua carga corresponda ao dobro do que é especificado nos watts.
Ou seja, em termos simples: uma lâmpada que diga gastar 13Watts (VA) com um factor de potência de 0.50 necessita na realidade de 26W produzidos, em vez dos 13 "anunciados" para uma carga resistiva normal (como nas lâmpadas incandescentes.)
Isto acontece principalmente nas lâmpadas CFL de baixo custo, concebidas para serem o mais barato possível - sendo que as CFL de alta-qualidade têm uma electrónica mais avançada que reduz ou elimina completamente este factor.
Mas, é algo a ter em conta da próxima vez que estiverem a pensar trocar de lâmpadas. Idealmente, os fabricantes deveriam ser obrigados a anunciar este "power factor" nas embalagens, e já nos livravam destas surpresas indesejadas.
[Artigo editado para clarificar a questão]
Para os que se preocuparem em ver as suas contas de electricidade aumentarem no fim do mês, descansem: o valor que vos será debitado será correspondente aos "Watts" anunciados (assumindo que são os correctos) - no entanto, o forncedor de energia terá que produzir mais energia para suportar aqueles Watts. Multiplicando por milhões de utilizadores, esse desperdício torna-se preocupante.
domingo, 19 de abril de 2009
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Olá Carlos,
ResponderEliminarDestaquei hoje o seu blog no Bricolage Total.
Continue o bom trabalho,
um abraço,
Joliveira
@joliveira
ResponderEliminarObrigado pelo destaque. :)
Olá Carlos,
ResponderEliminarComo efectuar uma boa compra, isto é, como distinguir as mais eficientes, então?
Apenas pelo preço ou as de melhor qualidade também trazem essa informação na embalagem?
Confesso que apenas comprei duas até agora, e o factor de decisão foi basicamente o preço...
No entanto desde que acompanho este blog, estou muito mais atento as estas coisas :)
Obrigado!
@Bint8
ResponderEliminarPois, essa é que é a grande questão.
À partida, a compra de uma CFL "de marca reconhecida" poderá indicar uma lâmpada melhor concebida... mas isso nem sempre acontece.
Não sei se o medidor que lá tenho em casa será capaz de medir estas diferenças, mas vou fazer uns testes para medir o consumo efectivo de umas CFL "caras" e de outras "baratas", para ver se consigo detectar alguma diferença.
Boas,
ResponderEliminarPenso haver aqui uma pequena confusão.
Segundo me lembro, os contadores que temos em nossa casa medem Watt (Vol*Ampere*FP), pelo que o que nos interessa para a "conta da luz" são esses Watt.
Os va (Vol*Ampere) é a potência aparente.
Se um aparelho tem os va maiores que os Watt, para o nosso caso apenas significa que circula mais corrente nos cabos (a corrente reactiva), mas esta não contada.
No caso de grandes consumos como por exemplo industrias, já existem outros contadores para as correntes reactivas.
my .02
@anónimo
ResponderEliminarSim, já editei o artigo para clarificar essa questão.
Obrigado pelo "apontamento". :)
Tanto não conta para o que utilizador doméstico como é relativamente fácil de produzir para o distribuidor de energia bastando a aplicação de baterias de condensadores em pontos chave da rede eléctrica, permite produzir energia reactiva e nivelar os níveis de tensão.
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