Um painel solar que combina silício com perovskite atingiu novo recorde de eficiência, produzindo mais 60% de energia que os painéis actuais.
Nos últimos anos tem havido uma procura cada vez maior por painéis solares, e a sua evolução pode estar prestes a dar um salto gigante. O segredo por trás deste avanço está no uso de perovskite, um material que complementa o silício para captar melhor a luz azul de alta energia. Ao empilhar os dois materiais, combinam-se as vantagens de cada um, reduzindo as perdas de energia e aumentando a eficiência geral. Estas células solares em tandem, desenvolvidas por investigadores da gigante energética LONGi, conseguem converter 33.89% da luz solar em eletricidade, muito acima da taxa de conversão de 20-22% dos painéis comerciais actuais.
Esta inovação pode revolucionar a forma como aproveitamos a energia solar, exigindo menos painéis para gerar a mesma quantidade de eletricidade, o que reduz os custos de instalação e o espaço necessário para centrais solares; ou aumentar a energia produzida para a mesma área de exposição. Painéis mais eficientes também trariam maiores poupanças para as famílias com painéis solares em telhados. Se a eficiência dos painéis aumentar de 22% para 34%, os proprietários podem ver as suas poupanças anuais aumentar em quase 30%. No entanto, ainda há um longo caminho a percorrer antes que estas células solares em tandem estejam amplamente disponíveis, pois aumentar a produção e garantir a durabilidade necessária para uso comercial continua a apresentar diversas dificuldades.
Mas as perspectivas são boas. Empresas como a Oxford PV já começaram a vender os seus primeiros painéis tandem de perovskite e silício. Mesmo não atingindo ainda a eficiência recorde de 34% conseguida nos laboratórios, demonstra que esta tecnologia é real e está a caminho, sendo apenas uma questão de tempo até que estas novas gerações mais eficientes de células solares possam ser aplicadas em todo o lado.
sábado, 19 de outubro de 2024
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