O Amazon Astro é apresentado como um simpático robot que pode assistir nas tarefas domésticas, contando com câmaras, uma série de sensores, e tendo um ecrã como rosto. Pode aprender a reconhecer a nossa casa e responder a comandos de ir para determinada divisão, responder a perguntas e comandos via Alexa, e até servir de câmara móvel que segue o utilizador durante video-chamadas - com a curiosa capacidade de se poder elevar como um periscópio, para poder ver coisas que de outra forma estariam inacessíveis ao pequeno robot.
O problema, é que olhando para lá da curiosidade técnica inicial, se acaba por constatar que este robot acaba quase por ser aquilo que os aspiradores robots já fazem - trocando a parte útil de aspirar por um ecrã que procura cativar as pessoas - e deixando sérias dúvidas quanto à real utilidade de ter um ecrã quase ao nível do chão, apesar da sua capacidade de poder rodar (reconhecimento da própria Amazon de que o ecrã naquele nível será problemático).
Adicione-se a isto as polémicas que a Amazon já tem enfrentado a nível de ceder gravações das câmaras Ring às autoridades, e não me parece que este Astro de $999 (preço de lançamento que depois passará para os $1450!) tenha a vida facilitada. Haverá assim tantas pessoas dispostas a pagar para terem mais uma câmara dentro de suas casas, que ainda por cima passa a ter a capacidade de poder andar por todo o lado em vez de permanecer num sítio fixo? É algo que tanto pode ser visto como um grande vantagem, mas também como grande desvantagem.
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