Várias residências no Texas estão a descobrir o problema de não ler as "letrinhas pequeninas", ao descobrirem que o seu fornecedor de energia ajustou remotamente o seu termóstato, deixando-os a transpirar.
O Texas - enquanto um dos principais estados produtores de petróleo nos EUA - tem-se tornado num caricato exemplo dos efeitos da aposta nos combustíveis fósseis. Depois de ter passado por um nevão que paralisou as centrais de energia e deixou os residentes a congelar, ou a pagarem milhares de dólares por alguns dias de electricidade - passa agora por uma situação oposta, com vários fornecedores de energia a aumentarem as temperaturas na casa dos clientes, para que não gastem tanta energia com o ar condicionado durante uma vaga de calor.
Os termóstatos ditos "inteligentes" prometem a capacidade de fazer pequenos ajustes na temperatura, de modo a poupar energia sem que, idealmente, isso se faça sentir na pele. No entanto, não foi esse o caso que se verificou, com os clientes que tinham aderido a programas especiais dos ditos fornecedores, a descobrirem que o seu termóstato tinha aumentado significativamente a temperatura durante a noite, fazendo com que acordassem a suar e sem saberem o que se tinha passado.
Muitos deles nem sequer sabiam que, ao terem aderido a uma promoção que lhes prometia prémios, tinham aceite que os operadores pudessem fazer esses ajuste durante períodos de consumo excessivo, para tentarem reduzir a carga energética da rede. A ideia em si não é má, e será uma forma de tentar evitar o colapso da rede, mas será imprescindível que isso seja comunicado de forma bem clara aos clientes, e com exemplos práticos dos limites máximos a que poderá chegar. Uma coisa é ter um fornecedor a fazer um ajuste de 1 ou 2 graus centígrados; outra coisa será praticamente desligar os sistemas de ar condicionado (ou aquecimento), sem qualquer pré-aviso.
terça-feira, 22 de junho de 2021
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