Relembrando uma vez mais porque nunca - mas nunca - se deve optar por nenhum sistema proprietário para a automação da casa nas ditas "casas inteligentes", nos EUA a Best Buy vai desactivar o seu serviço "Insignia Connect", deixando os clientes com electrodomésticos burros, com funcionalidades reduzidas, ou até interruptores de parede que deixarão de funcionar.
A Best Buy vai desligar o seu serviço Insignia Connect a 6 de Novembro (2019), e com isso deixar "pendurados" todos os clientes que tiveram a infelicidade de confiar na sua gama de produtos, que inclui coisas tão variadas como interruptores de parede, módulos de tomada, câmaras de vigilância, e até um frigorífico. Embora alguns produtos continuem a funcionar (o frigorífico continuará a manter o conteúdo frio), os clientes perderão o acesso a coisas como o controlo via Google Home ou Alexa.
Dá-se também o caso caricato de, em produtos como os interruptores e módulos de tomada, os mesmos manterem os horários de ligar / desligar que estiverem definidos... embora deixe de ser possível alterá-los daquela data em diante. (Outros têm ligeiramente mais sorte, caso tenham comprado as variantes compatíveis com Apple HomeKit, podendo manter o controlo por essa via - se usarem produtos da Apple.)
Seja como for, o principal alerta é que nos dias que correm não importa a dimensão da empresa, pois nada nos pode garantir que daqui por 5 ou 10 ou 15 anos, ainda tenham interesse em manter um qualquer serviço de "smart home" a funcionar. A única opção é optar por produtos que não estejam dependentes de serviços externos, e que mesmo que o seu fabricante desapareça, levando com ele os seus serviços na cloud, continuará a ser possível ter total controlo sobre ele e com acesso a todas as funcionalidades. Produtos open-source, ou que facilitem a utilização de firmware à escolha do utilizador, deverão estar no topo da lista de considerações de quem se aventura na transformação da sua casa em "casa inteligente".
E quando algo como este encerramento do serviço da Best Buy acontece, o mínimo que se deveria exigir era que as empresas, por sua própria iniciativa, disponibilizassem toda a informação de modo a que os produtos pudessem ser modificados pela comunidade e pudessem manter a funcionalidade esperada. Senão, estar a comprar um frigorífico "smart" proprietário, pode ser muito bonito hoje em dia nas demonstrações para mostrar o que está no seu interior usando a câmara integrada... mas tenho sérias dúvidas se daqui por 10 anos esse serviço ainda estará a funcionar, ou se as apps para isso sequer funcionem nos Android e iOS da altura...
quinta-feira, 3 de outubro de 2019
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