sexta-feira, 15 de março de 2019
Dimmer Yeelight relembra os riscos da iluminação inteligente
O objectivo de ter uma casa dita "inteligente" é a de simplificar a vida a quem nela habita, mas há que repensar se é isso que acontece, quando se substituem elementos "burros" que funcionam sem hesitações por outros, como um interruptor que pode ele próprio precisar de ser reiniciado para poder controlar uma lâmpada.
Já por vezes temos alertado que o interesse de optar por lâmpadas inteligentes é relativo, se isso implicar que o seu controlo seja feito diariamente por uma app (compare-se o acender / apagar num interruptor de parede tradicional com o pegar no smartphone, desbloquear, abrir a app respectiva, e seleccionar a operação pretendida). Isto para não falar da questão de lidar com lâmpadas inteligentes através de interruptores tradicionais.
Para simplificar esta utilização, temos coisas como este Dimmer Bluetooth da Yeelight, que permite uma generosa gama de funcionalidades. A partir deste botão rotativo na parede, podemos fazer coisas como ajusta a luminosidade (o que era de esperar de um dimmer), mas também ajustar a tonalidade de branco da lâmpada, mudar para iluminação nocturna (night light) e até ajustar a cor da lâmpada - obviamente, no caso de se utilizarem lâmpadas Yeelight que suportem essas funções.
Mas não é a questão de poder ser complicado recordar todas estas operações feitas no dimmer que me chamou a atenção. Afinal, a funcionalidade básica de ligar, desligar, ajustar intensidade, continua a estar disponível e feita de forma tradicional, o que permitiria que qualquer pessoa - mesmo que nunca tivesse tido "formação" - pudesse controlar e ajustar a iluminação. O que me fez vir falar disto foi o pequeno detalhe do próprio interruptor contar com um botão de ligar / desligar... do próprio interruptor!
Como qualquer outro aparelho electrónico, sabemos que por vezes há a possibilidade das coisas não estarem a correr bem e ser necessário um reiniciar. E, para o bem e para o mal, chegamos ao ponto em que um "simples" interruptor de parede pode ele próprio precisar de um reboot para operar como é suposto.
Sendo eu um fã e grande proponente das "casas inteligente", não quero criticar demasiado esta opção (que seguramente se tornará bem mais prática do que obrigar um utilizador a retirar a pilha ao interruptor, no caso da versão wireless, ou cortar o circuito no caso da versão ligada à rede eléctrica). Mas, não posso deixar de pensar se o futuro inteligente que queremos passa pelo cenário de se ter um membro da família a gritar "a luz da sala não está a acender", e a se ter que responder "já fizeste reboot ao interruptor?"
Algo a ter em conta, a par de todas as restantes questões que acompanham este tema, como potenciais vulnerabilidades, falta de actualizações, dependência de serviços externos que podem deixar de existir ao fim de alguns anos, etc. etc.
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