Relembrando-nos dos motivos pelo qual nunca se deve investir em produtos que estejam dependentes de serviços externos para a nossa casa, a Lowe's anunciou o encerramento da sua plataforma Iris.
A rápida evolução da electrónica tem inúmeras vantagens em inúmeras áreas, mas torna-se também contraproducente em áreas de maior longevidade, como é o caso das nossas casas. Se até podemos aceitar que se tenha que comprar um novo smartphone ao fim de três ou quatro anos, por ter ficado desactualizado ou obsoleto, as coisas são bem diferentes quando se trata de uma lâmpada "inteligente", ou um módulo de controlo de uma tomada, ou um sensor de movimento, ou um alarme... Isto são coisas que se esperam que trabalhem "para sempre" - onde "sempre" será o máximo de tempo possível até avariarem.
No entanto, nem sempre isso acontece, com este encerramento da plataforma Iris da Lowe's a deixar os actuais clientes pendurados - no caso daqueles que, ao longo dos últimos anos, ainda não se tivessem apercebido do rumo que o serviço estava a tomar. Neste caso, resta-lhes o conforto de saber que os módulos que utilizavam ZigBee poderão continuar a ser utilizados noutras plataformas; mas será melhor pensarem duas vezes se quererão optar por uma nova plataforma proprietária de uma qualquer marca que possa mudar de ideias daqui por cinco ou dez anos... ou numa solução que fique inteiramente sob seu controlo.
Hoje em dia, nenhuma empresa ou projecto, por muitas boas intenções que tenha, poderá garantir que um qualquer serviço continuará a existir daqui por uma década; e isso, para efeitos de uma "casa inteligente" é algo absolutamente imprescindível. É por isso recomendável que apenas se invista numa solução que utilize tecnologias standard e sistemas de controlo open-source, e que poderá ser mantido por tanto tempo quanto se deseje, sem depender de nenhuma empresa específica.
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019
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