sexta-feira, 27 de março de 2015

2015 será o ano das casas (mais) inteligentes?


Há mais de uma década que vou aguardando que "este ano é que vai ser em que a domótica vai chegar a todos", mas infelizmente isso tem tardado em chegar. Mas, há bons motivos para pensar que isso poderá realmente acontecer em 2015.

É difícil tentar descobrir há quanto tempo me interesso pelas casas "inteligentes"; mas posso garantir com toda a certeza que está bem presente (pelo menos) desde o ano de 1984, em que vi um certo filme chamado "Electric Dreams" e onde com uma meia dúzia de módulos, o protagonista tinha adicionado a capacidade de controlar a sua casa a partir do computador.

Muito se avançou desde então, mas infelizmente esses mesmos módulos que nos permitem controlar remotamente os mais variados aspectos das nossas casas, continuam tão distantes da maioria das pessoas como o eram na altura. Algo caricato - para não dizer inadmissível - numa altura em que temos smartphones e tablets que podem ser comprados por menos de 50 euros!

Como se pode justificar que um módulo para controlar uma simples tomada continue a poder custar mais de 50  ou 60 euros, quando por menos de metade podemos comprar um computador completo como um Raspberry Pi (ou ainda mais baratos, como os Arduino?) É obviamente uma área que precisa desesperadamente que um "gigante" invista em força nesta área, tornando esta tecnologia mais acessível.

Mas, mesmo com os preços praticados, são cada vez mais as pessoas que se vão deixando tentar por esta tecnologia - umas vezes por curiosidade, outras vezes por necessidade (tanto para reduzir custos, como para lhes facilitar a vida). Hoje em dia podemos fazer coisas que noutros tempos seriam impensáveis de fazer a não ser que se investisse em sistemas de milhares de euros. Qualquer pessoa pode comprar umas lâmpadas Philips Hue, e com um salto ao IFTTT fazer com que as lâmpadas acendam sozinhas quando estão a chegar a casa, e se desliguem quando se ausentam.

E esta facilidade de controlo pelo utilizador final - sem ter que "tirar um curso" - é algo que se alarga a muitos mais dispositivos, e auxiliado também pelo surgimento de aparelhos com cada vez mais inteligência, como o termóstato NEST.

A chegada do HomeKit da Apple (e onde a próxima Apple TV poderá ter papel importante) vai certamente fazer com que mais empresas e developers comecem a olhar para esta área; e, esperemos, relembrar o Google do seu esquecido Android@Home. Depois de mais de 30 anos de espera... vamos lá ver se 2015 será finalmente o ano em que as casas inteligentes passam a ter a atenção que merecem.

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