É uma daquelas coisas que, por mais tecnologia que tenhamos, continua a permanecer nos nossos bolsos (e muitas das vezes, a incomodar também) - e refiro-me obviamente: às chaves.
As chaves, utensílios que permanecem quase inalterados desde a idade média, embora se tenham tornado mais seguras e complexas. No entanto, continuam a ser uma ferramenta arcaica no mundo digital em que vivemos.
Se nos automóveis a indústria há muito que começou a dar uso à tecnologia para nos facilitar a vida - na maioria dos carros podemos abrir as portas à distância clicando num botão, ou nalguns casos simplesmente por nos aproximarmos do carro sem que seja necessário tirar a chave do bolso ou colocá-la na ignição para o pôr em marcha - nas nossas casas as coisas ainda têm muito por onde evoluir.
É certo que ainda existe o preconceito de que uma fechadura mecânica é mais segura que uma fechadura electrónica. Mas, basta assistir a um workshop de "lockpicking" para rapidamente nos apercebermos que a realidade é bem mais assustadora: nenhuma fechadura é verdadeiramente segura!
Portanto, se confiamos os nossos carros a uma chave electrónica e o nosso dinheiro a um cartão MB magnético com um pin de 4 algarismos... porque insistimos que as nossas casas continuem equipadas com portas que são entraves à nossa entrada e saída. Não me digam que não prefeririam que a vossa casa vos abrisse a porta automaticamente assim que se aproximassem, evitando o habitual procurar de chaves - que pode assumir contornos de aventuras contorcionistas quando vimos carregados com compras.
Ou então, que tal a possibilidade de abrirem a porta remotamente se pedissem a um amigo que vos fosse deixar algo em casa enquanto vocês estão de férias a centenas de quilometros de distância - ou simplesmente no trabalho? E no caso de quem tem empregadas, a possibilidade de lhes dar um código que apenas funciona nos horários que determinarmos?
Sem dúvida que há muito a ganhar com este tipo de tecnologia, que finalmente parece começa a convencer cada vez mais pessoas a adoptar fechaduras electrónicas para suas casas.
Acompanhado com um sistema de vigilância que nos alerte sempre que haja movimento à porta, sem dúvida que me parece uma excelente opção e que deveria começar a ser proposto pelos fabricantes de portas de segurança.
terça-feira, 5 de julho de 2011
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Acho o processo proposto demasiado complicado. Passo a explicar: Mandar o sinal pela net via telemovel para uma fechadura igualmente com ligação de net? What, who, where?? :D
ResponderEliminarPorque não usar RFID ou wifi como meio de transporte? É muito mais simples, e se as coisas forem bem implementadas, não menos seguro.
@Netshark
ResponderEliminarPenso que o ideal seria a combinação de dois factores, tipo o 2 step validation do Google.
Tipo, a presença local de um dispositivo autenticado (via NFC/bluetooth/WiFi), combinada com algum tipo de outra segurança - reconhecimento facial 3D, ou de gestos... algo via "kinect", por exemplo. :)
(Para ser prático teria que ser algo que dispensasse o uso de introdução de códigos, teclas, ou ter que pegar em qq tipo de equipamento - senão lá se vai a vantagem face a pegar numa chave e pronto...)
Sim, a solução de 2 factor ou 3 factor authentication que propões é de facto a melhor, parecida com o que se vê nos filmes, desde que mantivesse a usabilidade e acessibilidade do sistema.
ResponderEliminarEx: fazer 50 tipos diferentes de autenticação, a terminar por fazer o pino à porta de casa não me parece nada pratico :)
Conheço este produto, que inclusive já recebeu alguns awards em Feiras especializadas do sector...
ResponderEliminarhttp://www.eckey.com
Vale a pena dar uma olhada, mas continuo a acreditar que só com Bluetooth, consegue-se "crackar" a coisa...