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Os buracos nas estradas são algo com que os condutores portugueses estão bem familiarizados, mas um grupo de cientistas Holandês espera que em breve isso se torne uma coisa do passado, apostando em asfalto que pode tapar os buracos (quase) automaticamente.
A ideia de se terem estradas capazes de gerar electricidade é atractiva, e em França já temos um quilómetro de estrada solar para avaliar a sua viabilidade.
O sonho há muito que existe: tornar os intermináveis quilómetros de estradas em painéis solares capazes de gerar muita da energia que necessitamos.
Agora, parece que esse sonho está um bocadinho mais próximo de um dia se poder tornar realidade, com as Estradas Solares a ganharem o prémio EcoImagination da GE.
Estas estradas são feitas por módulos, não só capazes de gerar energia a partir da luz, como também integram indicadores luminosos que permitem sinalizar o trânsito de forma dinâmica.
Com um custo de 4.4 milhões de dólares por cada milha (1.6km) não se pode dizer que sejam baratos... mas é preciso começar por algum lado.
A empresa está em negociações para fazer instalações mais pequenas, como em parques em redor de lojas e outros centros comerciais... e há ainda muito que desenvolver para encontrar a solução perfeita que garanta o máximo de tracção para que os veículos circulem em segurança.
Investigadores da Universidade de Coimbra estão a trabalhar naquilo que diariamente me irrita: o desperdício de muita da iluminação pública, que fica ligada indiscriminadamente toda a noite, quer seja - ou não - necessária.
Ao contrário dos sistemas "burros" que apenas reduzem a luminosidade de acordo com horários pré-definidos, este sistema não permite que os amigos do alheio tenham horas programadas em que sabem que poderão agir a coberto da escuridão.
Quanto aos resultados práticos, os investigadores estimam que os consumos de iluminação pública podem ser reduzidos em 75% representando cerca de 100 milhões de euros por ano.
