quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Logitech encerra Harmony Link em Março... mas vai trocá-lo por um Hub

A Logitech pregou um grande susto aos clientes ao relembrar os riscos da dependência da "cloud", anunciando o fim do Harmony Link... mas as fortes críticas dos utilizadores fez com que revissem a sua posição, e agora irão oferecer um novo Harmony Hub em sua substituição.

A dependência em serviços de terceiros na internet é sempre um risco, pois nada nos garante que os mesmos continuarão disponíveis e a funcionar daqui por alguns meses, anos, décadas. Mesmo serviços de grandes empresas podem encerrar (lembram-se do Google Reader?)... mas o caso torna-se ainda mais chato quando está associado a equipamentos físicos, como é o caso do Harmony Link.

A Logitech anunciou que iria terminar o serviço do Harmony Link em Março de 2018; significando que a partir dessa data, todos os que ainda o tiverem passarão a ter um "pisa-papéis" sem qualquer utilidade. A justificação dada tinha a ver com a expiração de um certificado digital que a Logitech decidiu não renovar... e a aposta em produtos mais recentes e com mais funcionalidades, como o Logitech Hub.


Facilmente se percebe o desagrado dos utilizadores destes dispositivos e de toda a comunidade em geral. Mesmo sendo um produto com meia dúzia de anos, custa sempre a aceitar que um produto perfeitamente funcional fique "inutilizado" apenas porque determinada empresa decide que está na hora. A Logitech ainda tentou minimizar o assunto dizendo que o trocaria por um novo Hub para os utilizadores com unidades ainda dentro da garantia (difícil, para um produto com mais de cinco anos) e um desconto na aquisição do novo Logitech Hub... mas que também se revelava pouco apelativo face ao preço a que o mesmo já podia ser encontrado nalgumas lojas.

Felizmente, a reacção dos utilizadores foi ouvida e a Logitech mudou a postura. Agora a empresa diz que irá trocar todos os Harmony Link pelos actuais Harmony Hub independentemente da sua idade, e mesmo que nem sequer tenham sido registados pelos utilizadores no seu serviço. É uma alteração imensamente positiva mas que deixa no ar a possibilidade de que as coisas poderiam ter ficado na mesma e os utilizadores não teriam qualquer argumento "legal" em que basear as suas queixas...

Importa sempre relembrar os riscos desta dependência em serviços externos, especialmente quando se tratam de coisas que se regem por períodos temporais bem diferentes dos smartphones e computadores, que até aceitamos trocar regularmente a cada par de anos. Em coisas para as nossas casas, queremos coisas que funcionem - potencialmente durante décadas, ou pelo menos até ao momento em que seja por nossa iniciativa que se deseje mudar para algo mais evoluído... e não porque determinada empresa ou serviço decidiu: "está na hora, vamos desligar este, comprem o novo."

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