quinta-feira, 19 de outubro de 2017
Fechadura bluetooth Otto aponta para as casas de luxo
Que vos parece a ideia de nunca mais terem que procurar por uma chave para entrarem em casa? É isso que a Otto Lock promete fazer... para quem não se importar de pagar um preço bastante elevado.
O mercado das fechaduras electrónicas tem tido bastante dificuldade em convencer o público, mas a Otto é uma startup composta por engenheiros saídos da Apple que espera aplicar a mesma táctica da Apple a este produto: criar a melhor fechadura electrónica do mercado... e não recear cobrar um preço a condizer.
Embora haja fechaduras electrónicas à venda por 200-300 dólares, esta Otto Lockest atira-se para os 699 dólares, aos quais ainda se terá que adicionar mais 150 dólares para instalação por um técnico especializado. É um preço elevado mas que a Otto diz dever-se unicamente ao facto de se tratar de um produto de qualidade, e que não deverá assustar o mercado alvo, de pessoas que já tenham gasto entre 5 a 10 mil dólares numa porta de segurança - e que não seriam seguramente o tipo de pessoas que se dariam ao trabalho de fazer a instalação eles mesmos.
No seu modo normal, o utilizador apenas precisa ter o seu smartphone consigo, para poder chegar perto da porta e entrar com um simples clique na mesma, com a detecção e autenticação a ficar a cargo do bluetooth. Caso se esteja sem smartphone (ou sem bateria) poderá ser usada como botão rotativo para introduzir um código PIN que permita abrir a porta; sendo que toda a actividade poderá ser seguida em tempo real, com notificações e registo de entradas/saídas.
... O grande problema (para além do preço) parece-me ser mesmo uma questão de mentalidade, pois não será fácil convencer as pessoas a abdicarem das chaves físicas para a porta principal de suas casas. Para além de que, nos últimos tempos temos tido infelizes exemplos que nos relembram dos riscos de confiar em serviços na cloud, que a qualquer momento podem mudar as condições ou decidirem encerrar... e que neste caso significaria que se teria uma fechadura de $700 que já não enviaria notificações, nem permitiria o seu controlo remoto, etc. etc. É que, ao contrário de um smartphone que se pode trocar a cada par de anos, numa fechadura espera-se que seja algo que ainda funcione daqui por 20, 30 ou 40 anos... Considerando tudo o que mudou na última década, acham seguro fazer tal aposta?
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A melhor solução neste momento, na minha opinião claro, é a Tesa Entr, da empresa espanhola Assa Abloy. É totalmente adaptável e compatível com as fechaduras tradicionais de canhão, instala-se por qualquer um (literalmente, basta seguir as instruções), custa 310 euros e está à venda até na LeRoy Merlin.
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