segunda-feira, 20 de outubro de 2014

As cidades, os dados, o futuro


Vivemos em tempos difíceis em que nos é dito continuamente que é necessário aumentar a produtividade e eficiência. Ora, se isso é algo que um país pode exigir das suas empresas e cidadãos, não será também aceitável que essa exigência seja feita em sentido inverso? E talvez Chicago possa servir de exemplo para as cidades portuguesas.

Antes de se poder fazer seja o que for, em qualquer sentido, é necessário saber como as coisas estão. Em Chicago isso significa recolher a máxima quantidade de dados - e disponibilizando-os publicamente. No seu portal de informação encontramos coisas que vão desde mapas com a localização e volume de crimes; informação sobre reparações nas estradas; transportes públicos; qualidade do ar e das águas (incluindo praias); veículos rebocados; trânsito; centros de saúde; e centenas de outras coisas de "utilidade pública" (incluindo a listagem de todos os funcionários municipais, as suas funções e departamentos, e ordenados).

Sempre que é necessário tomar-se uma decisão, pode-se recorrer a todos estes dados para tentar encontrar a solução mais acertada - e independentemente de o ser ou não, será fácil comprovar a sua eficiência ou não recorrendo ao impacto que isso tiver nesses mesmos dados.

Já que tanta coisa evoluiu nos últimos milénios; não seria tempo de usarmos parte da tecnologia que hoje nos permite estar continuamente ligados a todo o mundo, para dar uma voz mais activa - não aos políticos que supostamente deveriam dar voz aos cidadão, que já temos visto no que isso tem resultado - mas aos próprios cidadãos?

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