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Que o diga Jeremy Kipnis, que montou o seu home theater sem olhar a coisas insignificantes que costumam limitar as escolhas de outras pessoas: como aquelas pequenas etiquetas com os preços. O resultado, dizem, é abismal, impressionante e - até mesmo - assustador.
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A tela de projecção, ora bem, tem apenas 216" ou seja... apenas cerca de 5.5 metros de diagonal!
Quanto ao som, um sistema áudio 8.8 - que no entanto tem bem mais de 8 colunas e 8 subwoofers. Como os originalmente previstos oito subwoofers não proporcionavam a experiência que Kipnis desejava, nada como duplicar o número para 16 subwoofers de 18" da Snell - não se esqueçam que estamos a falar de material do bom e do melhor que há. Depois de tanta imponência com os subwoofers, também o outro extremo das frequências sonoras teve que ser reforçados, com uns MuRata ES103A super tweeters. Tudo isto alimentado por inúmeros amplificadores audiófilos de referência, a válvulas e de estado sólido, num total de ... gulp... 11,315 Watts da mais pura alta-fidelidade.
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Para que não comecem já a ficar com ideias (e sem contar com o raio do Euromilhões que sai sempre aos outros) tenham em consideração que um sistema destes não pode ser simplesmente ligado à tomada. Para o efeito, ele tem dois gigantescos transformadores de 13,800-volts/800-amperes da General Electric ao lado da garagem. Algo que acho que iria ser difícil de explicar aos meus vizinhos... já para não falar no condomínio.
Interrogo-me se ele tem que avisar a central eléctrica mais próxima sempre que quiser ligar o sistema para ver um filme...
Se acharem que isto é exagero, vão gostar de saber que há um sistema mais pequeno o Gamma Ciné que será apropriado para quartos, salas pequenas, etc. mas que promete manter-se fiel à filosofia do KSS (Kipnis Studio Standard) representada neste sistema Beta Ciné- a melhor imagem e o melhor som.
Mas perguntam vocês: "Alto lá... então se este é o Beta, quer dizer que..."
Exactamente, há planos para um sistema ainda mais poderoso que este, o Alfa Ciné, que no entanto estará destinado a grandes instalações e até mesmo cinemas.
Não é de estranhar que os potenciais clientes sejam nomes como George Lucas, Peter Jackson, Steven Spielberg, e Martin Scorsese - gente que pode muito bem gastar alguns milhões dos lucros ganhos no cinema nos seus próprios cinemas.
Apenas uma última nota: gostaria de deixar um curto parágrafo sobre a estupidez a que pude assistir nalguns comentários no arigo original (no link já a seguir.)
Montes de gente a "cair em cima" do homem, por isto ser um exagero e um desperdício de dinheiro, e que ele devia preocupar-se em salvar o planeta, e sei lá que mais. Até reclamam do sofá ser pequeno e de não haver sítio para pousar as pernas!
Obviamente que isto é um "exagero" para 99.999% da população - mas para a ínfima minoria que pode pagar estas coisas, e gosta de ter o melhor, são opções que eu tenho gosto de conhecer - mesmo sabendo que não as poderia comprar (ou mesmo que pudesse - Euromilhões e tal - talvez optasse por algo apenas "muito bom" mas que fosse mais baratinho.)
Por essa ordem de ideias, todos estariamos ainda a ver TV em tubos de raios catódicos de 7", a Ferrari não venderia automóveis, e outras tantos coisas.
Se querem reclamar de exageros, então que se virem para aqueles multi-bilionários que têm iates que, esses sim, têm preços centenas de vezes superiores a estes míseros milhões de dólares. Quando, pela mesma teoria, seria suficiente um barco insuflável de 15 euros para dar umas voltas no mar.
[Audio Video Interiors]
P.S. Para referência, assumindo um preço de 5 euros por bilhete, 6 milhões de dólares dariam para assistir a 800,000 sessões de cinema. Assumindo que não faziam mais nada e viam 10 filmes por dia, seria suficiente para irem ao cinema durante219 anos.
Obviamente, eu também preferia gastar os 6 milhões só para me livrar dos pipoqueiros, filmes mal focados, gente a atender telemóveis durante o filme, etc. etc. :)
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