Segundo um relatório do ICCT os carros eléctricos a bateria evitam 73% das emissões de CO2 ao longo de todo o seu ciclo de vida face aos carros a combustão.
Servindo de resposta directa a todos os que acusam os carros eléctricos (a bateria) de serem "iguais ou piores" aos automóveis a combustão quando se contabiliza todo o seu ciclo de vida, o mais recente relatório do ICCT (International Council on Clean Transportation) revela que os carros eléctricos a bateria vendidos na Europa emitem, ao longo do seu ciclo de vida, menos 73% de gases com efeito de estufa do que os carros a combustão. Adicionalmente - e sem grandes surpresas - os híbridos e híbridos plug-in mostram apenas reduções modestas, ou até nulas, nas suas emissões totais.
A organização defende que apenas os veículos 100% eléctricos têm o potencial de cortar emissões em larga escala, essenciais para enfrentar o problema das emissões do sector dos transportes, responsável por quase 75% das emissões deste segmento na Europa. Os híbridos, mesmo os plug-in, não conseguem cumprir as metas climáticas a longo prazo devido à sua menor eficiência real. Os dados do estudo indicam que os híbridos convencionais reduzem as emissões em apenas 20%, enquanto os híbridos plug-in conseguem uma redução de 30% - muito abaixo das expectativas iniciais. Isto deve-se, em parte, ao facto de os utilizadores destes veículos recorrerem menos ao modo eléctrico do que o previsto, e ao facto de acumularem toda a complexidade dos motores a combustão. Entretanto, a rede eléctrica europeia está a descarbonizar-se mais rapidamente, com as renováveis a representarem 56% da produção energética.
Refira-se que os carros a bateria são, durante o seu tempo de uso, veículos com zero por cento de emissões - o que também tem impacto significativo a nível da qualidade do ar nas grandes cidades. As suas "emissões" derivam apenas do CO2 emitido pela produção dos materiais durante o seu processo de fabrico, e posteriormente das eventuais fontes de energia ainda de fontes poluentes. Esta última parcela, como indicado no parágrafo anterior, estando a decrescer significativamente nos últimos anos, à medida que vamos aumentando a geração de energia limpa.
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